sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Ensino fundamental e médio - Profissão, uma escolha difícil

Correio Popular - Campinas, 29 de setembro de 2010
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Ensino fundamental e médio - Profissão, uma escolha difícil


Para ajudar o estudante na complicada tarefa de definir que carreira irá seguir, os colégios investem cada vez mais em orientação profissional
Um dos maiores desafios para o estudante que se vê na reta final do Ensino Médio é a escolha de que profissão seguir. Para ajudá-lo nessa tarefa, cada vez mais as escolas estão apostado na orientação profissional.
Com esse tipo de aconselhamento, o aluno pode perceber suas afinidades, habilidades e aquilo que gosta de fazer. Na orientação, o estudante acaba descobrindo também o que não quer, o que já um bom começo.

“Acho esse trabalho imprescindível e é por isso que o realizamos há muitos anos com nossos alunos. Claro que cada vez mais o mercado exige atualizações, novas profissões surgem, mas a essência é sempre a mesma, ajudar o jovem a escolher o melhor caminho para a sua vida”, disse Sandra Salgado Galli, diretora da Escola Comunitária.


Segundo Sandra, o processo é atrelado ao de autoconhecimento, que a escola trabalha com seus alunos desde pequenos. “Juntamente com essa parte, que é muito importante, fazemos sempre esse caminho passando em revista aspectos pessoais, depois de pequenos grupos e, por último, da sociedade. O jovem muitas vezes é imediatista e isso passa a ser uma pilastra para sua escolha”, afirmou.


Responsável pelas aulas semanais de psicologia das relações humanas do colégio, a orientadora profissional e psicóloga Vera Barros disse acreditar que a orientação é muito maior do que só falar das profissões. “É todo um processo que passa pela personalidade do alunos, das descobertas dos seus interesses e das habilidades. E é isso que nós procuramos descobrir ao longo do Ensino Médio”, alegou.


Para a orientadora, o projeto de escolhas pessoais, que também é trabalhado na escola, é o que leva à definição do caminho profissional. “Falo que o primeiro passo é excluir o que o aluno não gosta. E claro que tudo isso é feito com dinâmicas. Promovemos nossa tradicional mostra de profissões, que os alunos gostam muito.”


Quem não tem apoio nessa difícil fase de escolha profissional pode acabar enfrentando maiores dificuldades e mesmo optar pela carreira errada. “Hoje, com a gama de profissões oferecidas, o estudante precisa dessa ajuda, do acompanhamento”, disse Vera.

O estudante Renato Rocha, de 17 anos, contou que tem usado a orientação profissional mais como um apoio na sua escolha. Ele disse que já estava decidido a prestar vestibular para o curso de engenharia. “Eu fiz todo o processo e o que eu achava só se confirmou. Sempre tive facilidade com exatas e a escolha pelo curso já era algo em que pensava. Mas claro que, sem essa base, as coisas estariam bem mais confusas”, afirmou.


A mostra de profissões realizadas esse ano pela escola e a pesquisa de uma determinada profissão, que é feita em sala de aula, ajudou muito a aluna Giovanna Mônaco Erbetta, de 16 anos, no seu direcionamento profissional. “Ainda não estou certa, mas estou indo para o lado de administração de empresas. Gosto de exatas, mas não com tantos números como matemática. O trabalho foi ótimo para o meu direcionamento”.


Beatriz Gozzani Nacarato, também de 16 anos, sempre teve vontade de prestar vestibular para Direito. “Foi uma profissão que sempre me interessou. Com a ajuda do colégio, pude comprovar que é isso mesmo que eu quero. Claro que ainda estou aberta, mas a pesquisa em sala foi muito importante para conhecer esse mundo dos advogados e me interessar ainda mais”, afirmou.


“A escolha da profissão é uma construção, não pode ser feita de uma hora para a outra”.


VERA BARROS
Orientadora profissional e psicóloga da Escola Comunitária

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